segunda-feira, outubro 25, 2004

Há palavras...

que nos beijam...
Como se tivessem boca
Palavras de amor, de esperança
De imenso amor, de esperança louca
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto
De repente coloridas
Entre palavras sem cor
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor
[O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado]
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte

Alexandre O´Neill

não sei escrever assim e gostaria tanto. Devo acreditar quando me dizem: "tu não escreves, tu mostras o que sentes"? Bem, sim, acredito.

Sem comentários: