segunda-feira, outubro 25, 2004

Desiderata

Como me sinto bem a ler a Desiderata.

“Caminha placidamente por entre o ruído e a pressa, e lembra-te da paz que pode haver no silêncio.
Tenta, na medida do possível, estar de bem com todos.
Exprime a tua verdade com tranquilidade e clareza. Escuta quem te rodeia, inclusive as pessoas desinteressantes e incultas; também elas têm uma história para contar.
Evita gente conflituosa e agressiva, que tanto mal faz ao espírito.
Se te comparares com os outros, poderás tornár-te amargo ou arrogante, pois haverá sempre alguém melhor e pior do que tu.
Regozija-te com as tuas conquistas e os teus projectos.
Mantém vivo o interesse pela tua carreira, por mais humilde que seja; é um verdadeiro bem, nesta época de constante mudança.Sê prudente nos teus negócios – o mundo está cheio de armadilhas.
Mas não feches os olhos à virtude que existe em teu redor, nem às pessoas que defendem os seus ideais e lutam por valores mais altos – a vida está cheia de heroísmo.
Sê tu próprio. Acima de tudo, não sejas falso, nem cínico em relação ao amor que, face a tanta aridez e desencanto, se mantém perene como uma haste de erva.
Aceita com serenidade a passagem do tempo, sabendo deixar graciosamente para trás as coisas da juventude.
Cultiva a força de espírito, para te protegeres de azares inesperados.
Mas não te atormentes a imaginar o pior. Muitos medos nascem do cansaço e da solidão.
Mantém uma autodisciplina saudável, mas sê benevolente contigo mesmo.
És um filho do universo, como as árvores e as estrelas; tens todo o direito ao teu lugar no mundo.
Poderá não ser claro para ti, mas a verdade é que o Universo está a evoluir como previsto.
É importante, assim, que estejas em paz com Deus, seja qual for a tua concepção d’Ele, e em paz com a tua alma, sejam quais forem os teus anseios e aspirações no ruidoso tumulto da vida.
Apesar de todos os enganos, dificuldades e desilusões, vivemos num mundo bonito.
Alegra-te.
Luta pela tua felicidade.
Intuição e serenidade; acima de tudo, serenidade.”

Max Ehrmann, 1927

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