E chegou o momento da introspecção

Eu sei o que quero. E sei que não é contigo que atinjo os meus objectivos de vida.
Tu tens fobia de relações. Eu quero uma relação.
Não sei viver de momentos com várias pessoas. Quero todos os momentos com a mesma pessoa. É isso que me enriquece como pessoa, que me fascina a alma, que me inspira a outros momentos inesquecíveis. Que me engrandece a existência.
Hoje, sinto-me grande, em parte pelas relações que tive. Pela partilha. Pela demonstração de afectos. Pelo orgulho de estar, de ser maior com outra alma ao meu lado.
Hoje estou muito preocupada contigo.
Essa preocupação tem a haver do amor que ainda sinto por ti. Sim, claro que sim.
Se a paixão fugiu de mim com a velocidade de um tiro, porque tinha que ser, eram as minhas defesas a funcionarem eficazmente, o amor ficou subtil e serenamente a assistir ao desenrolar das duas vidas. Uma sem a outra.
Curiosamente, não te senti a falta. Senti saudades. Muitas. Mas foram-se diluíndo nas marés que tantos dias vi passar, da muralha ali em frente.
Não sei se a paixão volta, mas há momentos que te olho com paixão, e sinto que até queria que voltasse. Mas já não depende de mim. Nem sei se de ti depende.

Talvez ... de uma pétala ...