É sempre com grande mágoa que me despeço, todos os anos, do Verão. Quaisquer 100 gramas de roupa nos confortam e todo o restante vestuário chama-se Sol. É mágico, poder ficar-se na praia até às horas que só o cansaço vence. As reuniões com os amigos parecem sempre mais felizes no Verão. Por vezes penso que tudo depende do tempo, se está bom tempo faço isto, se está mau tempo faço aquilo, bla bla e bla.
E depois há o outro tempo. Aquele que é o amigo de sempre. Aquele que nos diz se estamos certos ou errados. Numa convicção, num sentimento. É aquele amigo que, sem um corpo, tem uma alma única, e nos diz tudo. Só é preciso saber interpretá-lo. E isso, curiosamente, ganha-se com o tempo.