Querida P ...
... hoje apetece-me falar um bocadinho contigo.
Para te dizer que ontem vesti a gola castanha que me ofereceste há seis anos. Sim, ainda a tenho comigo e vou tê-la mesmo quando já fôr muito velhinha e não a puder usar. Porque foi a ultima prenda de aniversário que me deste e porque ontem se completaram seis anos sobre o ultimo dia que te vi, ainda com alguma (pouca) saúde. Porque continuo a lembrar-me de ti, não só neste dia, com aquele sorriso e aquela postura que deixa qualquer ser com vontade de continuar a viver, por ti.
Porque para além de me dares o prazer da tua amizade, sempre me protegeste dos papões no trabalho, me ensinaste a ser a boa profissional, que sei que hoje sou. Foi contigo que aprendi tanta coisa sobre amor, humanidade, bondade, sobre SER.
Porque continuas a ser uma referência na minha vida, e continuo a seguir os teus conselhos, que sei estarem tão certos. Sim, querida e adorada P, ainda como, quase sempre, a sopa que me "obrigavas" a comer lá no refeitório. Ainda me lembro de me mostrares na tua pele os efeitos provocados pela "quimio", e de te apertar a mão e pensar, - não quero perder-te. De me dizeres: - gosto muito de ti. E teres sublinhado que devemos dizer que gostamos às pessoas de quem gostamos, porque não sabemos quando deixaremos de o poder dizer. Grande lição.
Mas a vida não é o que se quer, é o que se tem. E eu só tenho a "magnífica" recordação de ter partilhado um bocadinho da tua vida. Mas chegou, para o resto da minha.
3 comentários:
Dave, de rosa branca no chapéu sempre. Abrações e beijões para ti.
que grande testemunho, miuda...
bejo gde
Bjinhes maaaaarrrrrrr.
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